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Mostrando postagens de março, 2019

REFLEXÕES CONSERVADORAS # 01

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Durante muito tempo em nosso triste país, ser chamado de conservador era uma forma [retórica e rasa] de insultar uma pessoa cujo espectro político não estava alinhado com os passos turvos que eram reinantes no meio bem pensante. Em muitos círculos deste feitio, até hoje é assim. Bem, seja ontem ou hoje, o termo conservador levanta muitas querelas, sem que seja – necessária e devidamente – definido e compreendido. Aliás, se perguntarmos para nós mesmos quais seriam os grandes nomes do pensamento conservador que nós conhecemos e, por que não, estudamos, com toda certeza não virá nenhum nome em nossa mente. No melhor dos casos, pode-se citar o nome de uma e outra figura que esteja sendo, no momento atual,apontado [a contra gosto] no cenário cultural e político como tal o que, por si, demonstra que não apenas não sabemos claramente o que seria o tal do conservadorismo, como também ignoramos o que seja uma tradição intelectual. Noves fora zero, podemos de antemão defi

DO PÓ AO PÓ

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Há muitas coisas na vida que são fáceis de serem feitas; outras, nem tanto. Uma dessas coisinhas que somos capazes de realizar com grande facilidade é esquecermos da pequenez de nossos projetos, e planos pessoais, diante de toda magnificência da criação. Sim, a soberba, desde o princípio dos tempos, vê-se encalacrada em nossa miserável alma e, por isso, tornamo-nos susceptíveis a querermos usurpar o lugar de Deus das maneiras mais variadas e maliciosas pensáveis. E bota maliciosa nisso. A soberba que nos habita, e nos assalta frequentemente, infla nossa alma com um cadinho de conhecimento raso em misto com um sentimento de indignação epidérmico, seletivo e, num estalar de dedos, nos tornamos um indivíduo que crê candidamente que sabe o que deve ser feito para que o mundo se torne livre de todas as injustiças, mas que, ao mesmo tempo, não sabe e não quer saber, o que deve ser feito para nos tornarmos uma pessoa minimamente melhorzinha. E o que torna esse fenômeno mai

RABISCOS DUM DIÁRIO SEM CAPA # 014

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[18/02/2019]: Filosofar é meditar sobre a morte. Dizem que é isso. Sim, é isso mesmo. Mas esse, talvez, seja o último assunto que, na atualidade, agite as mentes bem pensantes com toda sua criticidade. Se, de fato, tivéssemos diante de nossos olhos a imagem da morte, a realidade da nossa mortalidade, provavelmente não daríamos a importância que damos para inúmeras querelas e questiúnculas que acabam ocupam o centro de nossas preocupações. [18/02/2019]: Evitemos o bulício dos homens; evitemos, o quanto pudermos as conversas ociosas. As razões para esse tipo de cuidado são muitas, mas lembremos, nesse momento, de apenas uma: o tempo despendido para o cultivo duma conversa fiada - ao menos parte desse tempo - poderia ser muitíssimo bem utilizado em outras atividades; atividades bem mais interessantes e, porque não dizer, edificantes. [18/02/2019]: Se não sabemos o que fazer; se, por acaso, nos sentimos desaminados com tudo, com todos e, principalmente, conosco, isso não

LARGADOS NO MEIO DO MATO

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Certa feita, estava numa lanchonete com familiares e amigos, fazendo aquilo que todo mundo faz num estabelecimento comercial desse feitio. Pedimos uns belisquetes e algumas bebidas e ficamos proseando e rindo. Lá pelas tantas me dei conta que havia uma presença que ficava, sutilmente, acompanhando o que fazíamos junto à mesa. Sim, era ela mesma: uma televisão. Bem, ignoramos a sua presença e, acredito, que ela não ficou magoada. Passado um punhado de tempo, um infeliz duma outra mesa teve a ideia infame de pedir para trocar de canal. Trocou; trocou de novo, mais uma vez, outra e, enfim, parou num canal que estava exibindo um programa chamado “Largados e pelados”.   Isso mesmo. Um bando de pessoas largadas no meio do mato, pelados, tendo de se virar pra sobreviver. Bem, vi o que era e então, reuni forças para, novamente, voltar a ignorar aquela caixinha maldita e continuar a prosear com os meus, tendo em vista que o infeliz que pediu o controle do televisor encon