RELATIVIZANDO O DIREITO A EXISTÊNCIA
Por Dartagnan da Silva Zanela [1] Flexibilizar o direito a vida, permitindo ao Estado - ou a quem quer que seja - ter em suas mãos o poder de dizer quem tem ou não condições de viver, de existir, é algo duma brutalidade sem igual. E tem outra: tratar a negação do direito a existência como se fosse algo feito em nome do maior interesse daquele que está sendo privado da possibilidade de existir, é o retrato escarrado da desumanidade politicamente correta de nosso tempo que, obviamente, sempre se apresenta a nós com todo aquele bom-mocismo que a gente já conhece de longa data. Somente uma alma que se encontra tomada, até a medula, pela cultura da morte, não é capaz de reconhecer a absurdidade de qualquer proposta que, de modo dissimulado, quer nos persuadir a reconhecer essas tranqueiras como se fossem conquistas, como se fosse uma espécie de ampliação do espectro da dignidade humana. Enfim, é o fim da rosca. [2] Na cabecinha de gentinha esclarecidinha é muito