DIÁLOGOS NADA SOCRÁTICOS – parte V



Por Dartagnan da Silva Zanela


DIÁLOGO UM:
- Você é a favor ou contra o aborto?

- Contra.

- Por quê?

- Porque apesar dos pesares, viver uma vida de merda é melhor do que ser morto em nome do nosso suposto “bem estar”.

DIÁLOGO DOIS:
- Darta! Por que você não leva a política, os políticos e as ideologias políticas a sério?

- Vamos por partes: porque ela não é séria; eles, dum modo geral, não são pessoas sérias e, as últimas, em sua maioria absoluta, não são dignas de respeito.

- Como assim?

- Olha, estou me borrando de preguiça. Não estou afim de explicar isso não veio. Dá pra passar essa?

- Sério?

- Sério... Tudo bem. Vamos tentar resumir esse entrevero então.

- Beleza! Manda lá então: porque eu não deveria levar essas coisas tão a sério Darta?

- Porque, como diz Groucho Marx, “a política é a arte de procurar problemas, encontrá-los em todos os lados, diagnosticá-los incorretamente e aplicar as piores soluções.” Entendeu?

- Mais ou menos. Acho que vou ter que pensar um pouco mais sobre essa merda.

- Ótimo! É isso mesmo campeão. É isso mesmo.

DIÁLOGO TRÊS:
- Darta! Pra que serve a história?

- Pra entendermos que perguntas como essa são tremendamente idiotas.

- Mas não existe uma resposta pra perguntas idiotas como essa?

- Claro que sim.

- E qual seria?

- Senta, estude a dita cuja da história e descubra por sua conta e risco.

DIÁLOGO QUATRO:
- O que importa é aquilo que a pessoa é interiormente, não é mesmo?

- Claro.

- Pois é...

- Tanto canalhas quanto boas pessoas tem no seu interior um bom tanto de merda.

- Sem graça.

- Ué! Falo isso com seriedade, não por gracejo.

- Como assim?

- Somos pó, poeira vaidosa, enfim, um saco de carne cheio de merda. Um monte de merda tremendamente pretencioso. No fundo, no fundo, somos isso.

- Poxa.

- E mesmo assim Deus nos ama.

Comentários

  1. Professor, tenho feito um ensaio para tentar por em prática os conceitos aprendidos sobre "Topografia da própria ignorância" e a respeito de abstinência de opinião. Tenho buscado informações mais consistentes sobre as temáticas apresentadas. Pretendo que amigos meus tenham mais responsabilidade em suas postagens, assim como eu mesmo, e desta forma tento, a exemplo, com alguém que pretende andar com revólver na sinta no próximo ano. Humildemente, peço sua análise e chibata, caso se faça necessária.
    Lasca: [Fico pensando seu candidato e o que ele faria por um regime democrático, republicano, em que princípios de um governo keynesianos ou neo liberalistas fariam pelo país. Quem é seu salvador da pátria? Qual é sua posição política afinal? Tem consciência prática de que o neo liberalismo pode trazer para um país frágil como o nosso em relação a macroeconomia? E na micro? Qual sua ideia de Estado ideal? Com todo respeito, mas reproduzir imbecilidades facebookianas, não trará elementos para um sistema sócio, político e econômico eficaz nem no curto, médio e muito menos no longo prazo. Aprendi dois exercícios, um chamado "abstinência de opiniões" e outro intitulado "topografia da própria ignorância",(ZANELLA, Dartagnan Silva, 2018) os quais basicamente dizem - opinião não é verdade, é um estranho que habita em mim, pois ela surge a partir de quaisquer elementos escutados em lugar qualquer, ditos por quaisquer. Topografia da própria ignorância - diz respeito à quais livros, artigos, revistas, jornais, quem me influenciou a pensar assim, a partir de quando realizei esta ruptura com o senso comum, para ter propriedade nas posições que venho afirmar, defender, refutar ou ridicularizar. Enfim, publicidades de qualidade em livros, periódicos e jornalismo (menos jornal nacional) sérios, para respaldar sua posição para se aproximar da verdade. Busque fontes, não reproduções encontradas na lata do lixo. Opiniões encontradas nestes locais, merecem reciclagem porque lixo pode ser reciclável, ao passo que reproduções irresponsáveis são lixo orgânico.}

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