CONSIDERAÇÕES NADA PROFÉTICAS
Por Dartagnan da Silva Zanela
[1] As
perguntas que não querem calar: independente de quem vença a dita cuja da
eleição presidencial desse ano, o que esse possível alguém fará, como esse
alguém, caso vença, se relacionará com os deputados do chamado “centrão” no
Congresso Nacional? Como? Como esse alguém irá lidar com as pressões
corporativistas que parasitam o Estado Brasileiro de alto a baixo? De que
maneira ele irá lidar com as prováveis pressões insanas dos grupos e grupelhos de
esquerda? Por fim, mas não menos importante, como esse possível presidente irá
lidar com os bernes e carrapatos do Foro de São Paulo que estão incrustados em
praticamente toda a maquinaria Estatal? Sim, há inúmeras outras questões que
devem ser levantadas e levadas em consideração, sei disso. Todavia, as que no
momento me inquietam são essas e, em meu ver, elas são as questões centrais que
não podem, de jeito maneira, serem ignoradas, principalmente nesse momento.
[2] Haverá
um tempo que, imagino eu, quando uma pessoa perguntar a outra o seu nome, ela
irá, rapidinho, consultar o seu celular para saber o que dizer e, logo em
seguida, responderá ao seu interlocutor com aquela fingida naturalidade que
todos nós, hoje em dia, já conhecemos muitíssimo bem.
[3] Qualquer
um que nutra alguma forma inabalável de fé política num partido, ideologia e
liderança deveria, urgentemente, vacinar-se com uma boa dose de ceticismo
porque esses ídolos, como todos os ícones de barro da modernidade, são um poço
sem fundo de decepção e tragédia. Resumidamente, se regemos nossas decisões com
base nesse tipo de tranqueira, gostemos ou não de admitir, estamos com a alma
enferma e, carecemos, urgentemente de ajuda, principalmente por imaginarmos que
estamos sãos de lombo.
[4] Todo e
qualquer idiota de carreira imagina-se estar muito além de qualquer
possibilidade, mesmo que remota, de ser feito de otário. Todos eles, sem
exceção, acreditam soberbamente que são a própria esperteza encarnada e
rediviva, principalmente quando estão dando uma prova cabal, para todos, de sua
irremediável idiotia.
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