SABADÃO, LITRÃO E ESCREVINHAÇÃO
Por Dartagnan da Silva Zanela
[1] Se seu
amigo gritar em seu ouvido, te dando um pito, porque você supostamente está,
segundo ele, com um tal de discurso de ódio, não se enerve não. Mantenha a
calma. Sim, é chato, sei disso, mas fricote politicamente correto é assim
mesmo, um trem que dá e passa bem rapidinho com o advento da maturidade.
[2] Todo
mundo tem lá o seu dia de chato, mas a tigrada politicamente correta consegue a
façanha de ser chata todos os dias, o tempo todo.
[3] Tempo,
meu caro Watson, de fato é uma questão de gosto, como dizem os populares,
porque sempre acabamos organizando-o a partir das prioridades que elegemos para
nossa vida. E é aí que reside toda a merda.
[4] Fechar
os olhos, como fazem as criancinhas, não faz com que as encrencas de nossa vida
sumam. Enfrenta-los também não. Mas fazer isso, assumir os desafios que nos são
impostos é o que, por definição, nos torna adultos. Se não encaramos a vida de
frente, acabamos por sucumbir, caindo na condição dum reles canalha infantil.
[5] Se você
quer saber se um caipora é ou não uma pessoa madura, veja se ele é capaz de se
expor às consequências de seus atos e de reconhecer-se como o total responsável
por elas.
Sim, sei que
fazendo essa perguntinha bocó, mais do que depressa acabamos percebendo que a
maioria das pessoas adultas - inclusive e principalmente muitíssimas de nossas
“otoridades” - não passam de alminhas infantis. Tão infantis quanto aquele
moleque que quebrou a vidraça do vizinho e jura, com os pezinhos juntos, que
não foi ele.
Enfim,
qualquer um que procure sempre uma forma de aliviar o seu lado - independente
da posição social que ocupe ou na bandeira que defenda - não passa dum moleque
[crescido] pra lá de salafrário.
Se for o seu
caso, não se preocupe, porque tem remédio e não precisa de receita médica não.
Basta criar um pouquinho da tal da vergonha na cara que, em curtíssimo prazo,
você tomará jeito e irá virar gente.
Se for o seu
caso, experimente. Não dói nada. Caso não, passe pra frente para, quem sabe, um
dia termos um Brasil diferente.
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