TINTEIRO POLITICAMENTE CORRETO
Por Dartagnan da Silva Zanela
[1] Se há
uma luta em que o homem moderno, com suas modernices, empreende todos os seus
esforços é na peleja contra o envelhecimento.
Só por Deus!
Faz-se tudo, qualquer sacrifício besta, em nome da preservação duma casca
jovial, duma tola aparência juvenil.
É tanto
esforço para evitar o inevitável que, por pura vaidade e tonguice, esses
infelizes que vivem buscando o tal do equilíbrio perfeito terminam, como tudo e
todos, envelhecendo, porém, sem amadurecer, envilecendo.
[2] Gente
modernosa é uma chatice do princípio ao fim mesmo. Essa turma, mesmo com todos
os seus salamaleques, as vezes até são capazes de duvidar da sinceridade
daqueles que os bajulam, porém, sacumé, por causa da disgramenta da vaidade,
eles jamais, jamais, duvidam das adulações que lhes são feitas.
Ao contrário
do que ensina Santo Agostinho, eles preferem mil e uma vezes os canalhas que os
bajulam que aqueles que os criticam, tamanho é o seu amor pelo que corrompe o caráter,
tão grande é o seu desdém por qualquer coisa que possa ajudá-los a ordenar a
sua conturbada alma.
[3] No
Brasil contemporâneo, pessoa crítica – criticamente crítica – é aquele que
vive, ou sonha viver, de alguma benesse ou sinecura estatal.
Na atualidade
tupiniquim, egoísta, reacionário, retrogrado e pererê, são todos aqueles que,
duma forma ou doutra, o Estado e seus parasitas extraem - sugam feito vampiros
- todas as forças e recursos mais que necessários para uma pequenina corriola
bem viver.
[4] Existem
problemas de ordem social. Sim, eles existem, e demandam uma solução. Ninguém
nega isso. O problema é que os tais “problemas sociais”, na sociedade
contemporânea, acabam se tornando um refúgio confortável para uma multidão de
consciências ideologicamente deformadas que, dum modo geral, não foram, e não
são, capazes de resolver os seus próprios problemas.
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