UM MIMO DE CRITICIDADE
Por Dartagnan da Silva Zanela
[1] Sem uma
boa dose de solidão não há vida intelectual que vingue. Se o indivíduo
necessita da bajulação mafiosa duma patotinha, ideologicamente amestrada nos
mesmos truques paranoicos que ele, é porque o infeliz tem apenas e tão somente a
maturidade mínima para ser um sagui de circo fantasiado de cidadão crítico que,
necessariamente, sempre estará prontinho para fazer toda ordem de palhaçadas
ideológicas e traquinagens engajadas em qualquer picadeiro midiático para,
desse modo, poder encantar mimosamente os seus iguais.
[2] Amor não
é um comichão, nem um fricote. Ele não é uma quentura ciumenta, nem um tesão
incontrolável, muito menos um sentimentozinho, como nos ensina São Paulo (1Cor
XIII). O amor é fundamentalmente um estado da alma, é um modo de ser, como bem
nos ensina o professor Olavo de Carvalho. Detalhe importantíssimo: torcer o
narizinho pra não entender isso, por si só, já é um claro sinal de burrice
demoníaca.
[3] Todo
aquele que se apresenta como porta-voz da tal da ética e, ao mesmo tempo,
desdenha a necessidade de aprendermos a renunciar nossas paixões, desejos e
baixos impulsos é, fundamentalmente, um carniça que atenta, de modo vil, contra
nossa dignidade, impossibilitando a busca, real e sincera, pela realização
plena de nossa natureza.
[4] Da mesma
forma que a calmaria antecede a tempestade, o marasmo que paira sobre uma
sociedade está a anunciar o desenrolar duma tragédia.
[5] Se o
indivíduo coloca o ódio, ou a indiferença, a frente de algo que deveria ser
conhecido e compreendido, por mais que ele não admita, o infeliz irá apenas
iludir-se perigosamente ao invés de apreender e entender o que estará se apresentando
diante dos seus olhos.
Para a
infelicidade geral da nação esse, talvez, seja um dos maiores obstáculos que
tenhamos nessa grande encruzilhada que o Brasil se encontra.
Se não
desejamos, por nojinho ou odiozinho, aceitar certas evidências, será mais do
que provável que iremos fazer a pior das escolhas e, na sequência, tomaremos
uma série temerárias de decisões.
[6] Essa
conversa de “discurso de ódio” é literalmente um porre. As razões para que esse
caipira pense isso são muitas, mas, nesse momento, destacaria apenas duas.
Apenas duas porque estou com muita preguiça.
Primeiro:
todo mundo que vive acusando Deus e todo mundo de “discurso de ódio” está tão
somente, mal e porcamente, tentando disfarçar o seu ódio visceral contra todos aqueles
que discordam de suas folias ideológicas.
Basta mirar
nos olhinhos dessa gente e você verá os seus olhos brilharem de ódio. Ódio do
bem, é claro.
Segundo: via
de regra, e essa regra raramente falha, todas as criaturinhas encantadas que
vivem com sua varinha de condão ideológica dizendo que isso ou aquilo é ou não
é “discurso de ódio”, inconfessadamente, mas de modo indisfarçável, revelam sua
face de filhas incestuosas do marxismo cultural, que se julgam infinitamente
superiores a tudo e a todos a tal ponto que acreditam que estão sumamente
autorizadas a listar o que pode ou não ser dito por qualquer.
Ah! É claro
que, tais alminhas, fazem isso com toda aquela humildade e modéstia
verborrágica que todos nós muito bem conhecemos.
Enfim, por
essas e outras que, todo esse papo de “discurso de ódio” é um porre. E que
porre.
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