A CARAVANA PASSA E A POEIRA FICA
Por Dartagnan da Silva
Zanela
[1] Eis que começaram a minar,
aqui e acolá, em nosso triste país, os tais manifestos de intelectuais e
artistas. Risíveis como sempre. Ridículos desde sempre.
[2] Millôr Fernandes, dizia que,
em nosso triste país, intelectuais seriam simplesmente aqueles [tontos] que
assinam manifestos de intelectuais. E, tendo em vista o quadro atual de nosso
país, suas palavras, infelizmente, continuam atualíssimas.
[3] Nunca vi, infelizmente,
intelectuais e artistas divulgarem um abaixo-assinado contra facínoras do
calibre dum Champinha, ou contra biltres de marca maior como Hugo Chávez,
Nicolás Maduro e tutti quanti. Mas já vi, meninos eu vi, um abaixo-assinado de
artistas e intelectuais, feito no início desse milênio, em defesa de Fidel
Castro. Manifesto esse organizado após a condenação à morte de um pequeno grupo
de pessoas que estava tentando fugir da ilha cárcere do Carniceiro do Caribe. É
triste, mas é isso aí.
[4] Abaixo-assinados e manifestos
de intelectuais e artistas, dum modo geral, são tão ridículos quanto cínicos.
[5] Quando determinados setores
da sociedade começam a gritar aos quatro ventos que isso ou aquilo seriam
possíveis e potenciais ameaças a democracia, na verdade, o que está colocando
medo nessa tigrada é o provável começo do fim de seu amado e idolatrado sistema
cleptocrático.
[6] Ameaça para a democracia são
aqueles que prometem realizar o “controle social da mídia”. Perigo para a
democracia são aqueles que, como Lula, dizem que Maduro impressiona pela sua
competência. Risco para o nosso país são, sim senhor, todos aqueles que abraçam
de corpo e alma a agenda globalista.
[7] Qual é o tamanho e a
amplitude da liberdade de expressão na Venezuela? E em Cuba essa é ampla e
irrestrita? E na China, a destruição de Igrejas e de Bíblias, feita pelas
autoridades comunistas [marxistas], seria uma forma de manifestação estética ou
simplesmente o exercício da liberdade de expressão? E na Coréia do Norte, onde
o governo determina, inclusive, o seu corte de cabelo, seria uma sociedade
livre onde as garantias fundamentais são respeitadas? Pois é. Sei que não são.
Mas então avisa o seu amiguinho que admira essas excrescências políticas e que
fica posando de defensor das instituições democracia de nosso triste país.
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