PONTO DE VISTA ESTRÁBICO



Por Dartagnan da Silva Zanela



[1] Uma pessoa que é incapaz de compreender uma ironia, que não consegue rir com o que ela está sugerindo, de fato, é uma pessoa que está com sua inteligência seriamente comprometida por uma profunda desídia cognitiva que, em muitos casos, é fruto duma imbecilização politicamente correta sem par, adquirida por meio duma zelosa dedicação ao cultivo dum baita erro ideológico fantasiado de “erudição”.

[2] A tolerância apregoada pelos arautos do politicamente correto é a expressão cristalina da mais corrosiva intolerância totalitária. E, assim o é, porque para esses profetas de piquete, qualquer coisa é justificável desde que seja feita em nome de seu hipotético mudinho melhor possível.

[3] Lembre-se que, no contexto demencial atual de nosso triste país, termos como fascista, racista, machista e similares, tem o mesmo peso e substância duma flatulência verbal. Ou seja: querem explicar tudo sem dizer nada.

[4] Se você enche sua boca pra falar que odeia fulano ou sicrano e sente muito, muito orgulho disso, reze por eles, por seus inimigos. Isso vai te fazer um bem que você nem imagina. Detalhe: reze não porque eu estou pedindo isso. Reze porque Nosso Senhor Jesus Cristo ordenou. Obrigado. De nada.

[5] Amar o próximo não é passar a mão na sua cabeça o tempo todo por qualquer coisa. Amar o próximo é procurar fazer de tudo, tudo para que o próximo se afaste do mal e tome consciência da perversa existência dele em nossas vidas, sem se preocupar se ele, o próximo, irá nos achar bonitinho ou feio por isso.

[6] O que o politicamente correto faz com o amor ao próximo é uma verdadeira mutilação demoníaca. Isso mesmo cara pálida. Uma manipulação demoníaca. Com seus maquiavélicos jogos linguísticos, essa tranqueira marxista transforma, sorrateiramente, a bajulação de egos mimados e feridos em sinônimo de gesto de amor. É triste, mas é basicamente isso o que vemos acontecer diante de nossos olhos que, diga-se de passagem, a terra não há de comer tão cedo.

[7] Quem não é capaz de renunciar aos seus caprichos não sabe o que significa amar, porque não é capaz de renegar a si mesmo. Qualquer um que faça dos seus caprichos o centro irradiante de sua vida, será apenas capaz de amar e adorar a si mesmo e nada mais.

[8] O amor a Deus e ao próximo nos faz, alegremente, esquecermos de nós mesmos. O amor próprio, por sua deixa, não nos permite esquecer de nós, do nosso ego mimado, nem por um instante sequer; e, ainda por cima, por covardia, leva-nos a dizer que esse desmedido amor aos caprichos mais rasteiros que habitam a alma humana seria uma forma excelsa de, pasmem, de amor ao próximo. Sim, é de rachar o saco no meio; mas, infelizmente, o mundinho modernoso está cheio de gente assim.

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