TINTEIRO DUM SARNA DE GALOCHAS
Por
Dartagnan da Silva Zanela
Escrevinhar
ou não escrevinhar? Eis a questão. Phoda-se! Escrevinhar é preciso. Se tonguear
também o é. Então, que assim seja: juntemos o inútil ao desagradável.
Todo
mundo acha que tem alguma coisa pra dizer. Todos. Inclusive eu. Não sei bem o
que, mas imagino que tenho algo a declarar do alto de minha tribuna feita de
velhos caixotes de quitanda.
Não
sei se o que direi tem algum valor. Provavelmente não tenha valor algum. Fazer
o quê? Direi mesmo assim. Um dia sim e no outro também. Phoda-se.
Aliás,
quem disse que o que sai na grande mídia vale alguma coisa? Quem foi que disse
que o que circula através da [nem tão grande] mídia merece a dignidade dum
vintém furado? De minha parte, não lhes dou crédito, nem boleto, nem
promissória assinada. Confiança menos um pra eles todos.
Sim,
o que digo é petulante, fruto duma vaidade sem cura. Sim, bem possivelmente
seja isso. Mas, no frigir dos ovos tudo acaba sendo somente isso: vaidade.
Vaidade das vaidades. Tudo, midiaticamente ou não, termina sendo apenas isso.
Então,
que Deus me perdoe e que os amigos tenham a devida e imerecida paciência com
esse sarna de galochas. Paciência a qual eu, francamente, não tenho - e que não
pretendo ter - para com a grande mídia que, por sua deixa, não se cansa de
regurgitar sobre nós toda ordem de engodo como se fosse a mais cristalina
verdade, simplesmente porque foi vomitada por ela sobre nós.
Ponto.
É isso. Hora do café e daquela deliciosa broa de milho.
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