MÁXIMAS DA TERRA DO NUNCA – parte II

Por Dartagnan da Silva Zanela

[1] Não tenha pressa. Isso é bobagem. Mas também não perca tempo, porque ele, o tempo, é preciosíssimo. Não tenha pressa de chegar a uma conclusão, mas não perca tempo com ninharias que apenas nos desviam de nosso caminho e, consequentemente, de nós mesmos, porque juntamente com o tempo que se desperdiça, boa parte de nós se vai com ele para nunca mais voltar.

[2] Não tenha pressa para querer ter razão, principalmente perante tontos presunçosos.

[3] Ter razão frente e junto a tontos não nos torna mais sábios, nem mesmo nos faz parecer mais espertos. Apenas revela para nós e para todos o quão tonto somos. Aliás, revela muito mais sobre nós do que gostaríamos de admitir.

[4] Lula, no princípio foi um dos grandes mitos fundadores da esquerda brasileira e hoje, tornou-se, junto com o Andrade e a Venezuela D’Ávila, um melancólico mico afundador da mesma.

[5] Não queiramos posar de gostosão intelectual, explicando tudo o que acontece. Procuremos, sim, e na medida de nossas limitações, entender o que está acontecendo.

[6] Moderação é a fantasia dos fracassados. A histeria também. Conhecer os limites que nos separam dessas duas extremas fraquezas, a histeria e a moderação, é reconhecer a área onde os vencedores atuam.

[7] Quando a arte é reduzida a mera militância política, tudo tornar-se formidavelmente imbecil. Ridiculamente imbecil.