MUITO FEIO MESMO



Por Dartagnan da Silva Zanela


Quando um adversário está caído, ferido de morte, a ética do bom combate recomenda que devemos ir em seu socorro ou, no mínimo, baixar as armas momentaneamente, haja vista que não somos bestas subumanas.

Por isso, confesso que chega me causar espécie certas declarações proferidas pela galerinha do bem, da paz e do “mundo melhor”.

Dona Marina Silva, por exemplo, no último debate do primeiro turno dessa eleição presidencial, como todos lembram, disse a respeito do candidato que fora esfaqueado por um militante esquerdista, que ele “amarelou” e, por isso, não compareceu ao debate, dando assim uma clara demonstração de total falta de empatia. Justamente ela que na eleição passada sentiu na própria carne os ataques daqueles que diziam ser capazes de fazer o diabo para não perder a eleição.

Pois é, ela poderia ter dito que lamentava o fato dele não poder ter comparecido por causa do atentado sofrido e que estimava sua melhora para, noutra ocasião, quem sabe, poder debater com ele. Poderia, mas, “democraticamente”, ela não o fez. Salve engano, ninguém o fez.

Que feio. Que feio mesmo.

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