NOTAS DUM DIÁRIO SEM CAPA E SEM DATA – Página 012



Por Dartagnan da Silva Zanela


[1] Paremos, já, com essa palhaçada sinistra de querer mudar o mundo. Procuremos dar um tempo para esse papo furado de revolucionário todinho com energético e vodka e tentemos, ao menos de vez em quando, sermos bons com alguém que esteja carecendo de um pouco de atenção. Da nossa atenção. Isso, obviamente, não irá mudar o mundo. Ele continuará a ser a mesmíssima choldra ignóbil de sempre. Mas, com toda certeza, nós não mais seremos os mesmos. Não mesmo.

[2] Diante do furdunço armado pela esquerda em torno dos últimos acontecimentos envolvendo o programa MAIS MÉDICOS - onde eles defenderam ferozmente a ditadura cubana e faziam vistas grossas ao trabalho análogo a escravidão que os médicos cubanos estavam submetidos - podemos atestar uma, entre outras coisas: que o cinismo marxista não tem limites. Trocando em miúdos: se a Ditadura Caribenha tratava os trabalhadores (médicos) como propriedade do Estado, isso, para eles, pessoas do bem que lutam por um mundo melhor, seria algo aceitável; agora, se alguém ousasse dizer o óbvio, que isso era uma forma de tratamento análogo a escravidão e que, por isso mesmo, deveria ser revisto, aí meu amigo, eles chiam, protestam, fazem aquele escândalo e dizem que esse tipo de atitude, de questionamento, seria uma afronta reacionária imperdoável.

[3] Devido a fortíssima influência do relativismo moral em nossa sociedade, tornou-se um lugar-comum afirmar que não existem valores morais universais, que tudo dependeria exclusivamente do ponto de vista de cada um.

Tal afirmação tem lá as suas consequências, dentre elas podemos destacar a deformação da consciência individual e o fomento de comportamentos, no mínimo, antissociais.

Tendo isso em vista, considero de fundamental importância que lembremos que existem, sim, valores universais e que a única coisa relativa nesse âmbito seria a nossa capacidade de vivenciá-los à luz da orientação de nossa consciência individual e motivada pela nossa boa ou má vontade.

Resumindo: apenas lembrando dessa obviedade, penso que nos flagramos, rapidamente, do quanto que esse lugar comum dos dias atuais é tão oco quanto perigoso.

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