NOTAS DUM DIÁRIO SEM CAPA E SEM DATA – Página 010
Por Dartagnan da Silva
Zanela
[1] "Você fez nada mais, nada menos, que a sua
obrigação". Quem hoje ousa dizer isso para um jovem mimado ou para uma
criança birrenta que, por milagre ou por acaso, fez bem feito aquilo que seria
apenas o seu dever? Quem? Pois é.
[2] Dever duma vida não é aquilo que amamos fazer, nem algo
que livremente escolhemos. Dever é aquilo que, gostemos ou não, somente nós
podemos realizar e, por essa razão, isso torna-se uma obrigação existencial. O
nosso papel perante Deus, frente à vida e diante daqueles que nos são próximos.
[3] Deus habita o coração de todos nós. Inclusive o coração
dos ateus, dos agnósticos, niilistas e pagãos empedernidos, porque Deus é a
Verdade sobre tudo, sobre todos e, principalmente, sobre nós mesmos. O “x” da
questão é sabermos se o tratamos como nosso amigo ou como nosso grande inimigo,
se amamos a Verdade que está em nós ou se nos deleitamos numa orgia com a
mentira que vergonhosamente cultivamos sobre tudo, a respeito de todos e,
principalmente, a nosso respeito.
[4] Cristo é a verdade. Marx não.
[5] Nosso Senhor Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a
Vida. Karl Marx, por sua deixa, até diz uma e outra verdade pequenina em meio a
um monte de mentiras que, por isso mesmo, acaba por negar o Caminho para a
Verdadeira Vida.
[6] Toda e qualquer ideologia tem o intento de, com o tempo,
tomar o lugar do conhecimento da verdade, da compreensão da realidade. Tal
substituição mata a consciência individual e, consequentemente, reduz o sujeito
a um reles autômato militante que responde caninamente aos estímulos pré-formatados
do seu grupo, de seu partido, de sua (in)consciência coletiva.
[7] Fica a dica: leia de tudo procurando ser fiel a
realidade e honesto diante da verdade. Ponto. Simples assim. Agora se você lê
apenas o que se enquadra direitinho em seu cubículo ideológico, com o perdão da
palavra, você estará agindo feito um abestado ideologicamente condicionado. Só
isso. Por mais que você insista em dizer para os outros e para si mesmo que é,
como se diz, uma "pessoa crítica", você, goste ou não disso, não
passará dum bichinho de estimação duma (in)consciência coletivista qualquer.
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