NOTAS DUM DIÁRIO SEM CAPA E SEM DATA – página 17
[1] Precipitação e negligência. Duas palavras, duas atitudes
que muito explicam as raízes de nossas dores e fracassos.
[2] Recebi, não faz muito, um doce elogio. Tão doce que irei
guarda-lo até o fim dos meus dias junto do meu bauzinho de lembranças de minha
miserável alma. Uma amiga, rindo e sorrindo, disse para mim que para yo poder
me tornar um político deveria aprender a mentir. Putz! Lascou-se tudo. Não que
eu não minta. Até tento, mas não sou muito bom nisto, graças a Deus. Sendo
assim, continuarei, faceiro da vida, a ser o que sou: um reles professor,
sorridente e risonho, sem dominar essa arte vil que tanto emporcalha a vida dos
viventes desse nosso triste país.
[3] Como nos ensina o rabugento Dr. House, todos mentem.
Todos, inclusive eu e ele. O problema, a grande encrenca nesse babado todo, é
que existem muitos que fazem do mentir um modo de ser; e isso, meu nobre, acaba
ferrando com a vida de todos.
[4] A essência da arte política não está no ardil da
mentira. Não mesmo. Mas, infelizmente, na sociedade brasileira, a trapaça não
apenas tornou-se o alicerce desta; ela, a política, transfigurou-se num
sinônimo desta aviltante arte.
[5] Ler um bom livro é, realmente, uma ótima experiência.
Mas reler um bom livro, definitivamente, é um espetáculo. Show de bolice.
Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela
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