NOTAS DUM DIÁRIO SEM CAPA E SEM DATA – página 18



Sentir vergonha, não em público, mas no silêncio da alma, é muito bom e um excelente remédio, diga-se de passagem.

Isso é sinal de que somos gente, de que damos ouvidos para os sussurros proferidos pela voz da Verdade que habita em cada um de nós.

Agora, sentir a tal da vergonha e, na mudez de nossa maculada consciência, querer disfarça-la, justifica-la ou negá-la, não é bonito não. Aliás, é perigoso.

Fazer ouvidos moucos para os apelos feitos pelo fundo insubornável de nosso ser, seria, no mínimo, uma molecagem moral sem par.

E tem outra! Se tal impostura for cultivada por muito tempo, goste-se ou não, esse mau hábito acaba convertendo-nos num canalha inconfesso.

Aliás, em sua maioria, todo canalha que se prese é inconfesso.

Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela

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