NOTAS DUM DIÁRIO SEM DATA E SEM CAPA – PÁGINA 20
[1] Sou contrário a essa farsa iluminista chamada
"direitos humanos". Sou, sim, favorável ao Decálogo. Os bons
entendedores, entenderão, mesmo não concordando; os entendedores canhestros,
além de não entender, farão beicinho crítico de indignação e me apedrejarão
democraticamente.
[2] Movidos pela crença de que as luzes da razão iriam
dissipar as trevas que assombram a alma humana desde tempos imemoriais, os
iluministas, juntamente com seus sequazes menores, com suas crendices
racionalistas, gestaram e pariram demônios que, sem a menor cerimônia, estão a
atormentar a humanidade até os dias de hoje e que, ao que tudo indica, nos
atormentarão por muito tempo, com seus esforços mesquinhos e ignóbeis de vilmente
tentar, a todo custo, tapar a luz do sol da Verdade com suas peneiras
cientificistas furadas, tecida com fios rotos de vaidade e soberba.
[3] Qualquer um que queira viver sem culpas é um canalha.
Ponto e acabou. Agora, advogar em favor duma merda dessa como se fosse algo bom
e desejável, defender que isso deveria ser fomentado na sociedade desde tenra
idade, definitivamente, é uma monstruosidade. Monstruosidade que, na maioria
absoluta dos casos, é badalada por celebridades midiáticas e cortejada por
intelectuais [dos mais variados calibres], com seus diplomas de sinhô dotô
debaixo do braço, como seu fosse uma utopia dum desejável admirável mundo novo.
[4] Tudo que o ser humano faz reflete-o, logo, dizemos que
isso é cultura; o que, por sua deixa, não significa que esse algo seja bom. Na
verdade, em muitíssimos casos, não é; apesar de ser reconhecido como uma
expressão cultural válida.
[5] Nem tudo que é tido como válido é sumamente bom, da
mesma forma que, muitas vezes, nem tudo que é sumamente bom é tido como
convenientemente válido.
Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela
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