PEPE VS. JAIR
Lembra-se do presidente do Uruguai, do velho Mujica? Como
esquecer daquele figurão com o seu fuscão velho indo votar. Como não lembrar a
simplicidade da cozinha onde, estoicamente, ele cevava o seu mate para tomá-lo
com sua surrada garrafa térmica.
Enfim, mesmo que discordemos de suas ideias políticas, o
velhinho era cativante e, seu jeitão, realmente, era e é uma grande lição de
desprendimento republicano.
Resumindo: uma figura digna de respeito.
Podemos dizer o mesmo, aqui no Brasil, do presidente Jair
Bolsonaro, o homem do bucho costurado, que também está dando inúmeras mostras
desse tipo de desprendimento o que, por sua deixa, nessas terras espoliadas por
infindáveis sinecuras patrimonialistas, é algo muitíssimo bom. É um novo e
desejável tom que está sendo dado a sinfonia do poder.
Sim, é bom, mas é claro que a militância canhota e muitos de
seus simpatizantes, dum modo geral, não são capazes de ver isso, pela simples
razão de que, na cabeça dessa gente, a esquerda supostamente teria o monopólio
de todas as virtudes e isso, inevitavelmente, distorce a percepção dos fatos e
os impede de ter uma clara visão do óbvio ululante que compõe o tecido da
realidade. Ou seja: que os vícios e as virtudes não são monopólio de grupo
algum.
Diante disso, dá pra entender porque eles são capazes de
admirar o Pepe pelas mesmas razões que odeiam o Jair.
Escrevinhado por
Dartagnan da Silva Zanela
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