NUMA CASA AMARELADA
Não é possível uma conversação minimamente razoável com um indivíduo afetado até o tutano por uma atmosfera dominada por uma histeria coletiva. Aliás, torna-se impensável um bate-papo bem humorado nesta condição. Sem isso, sem o tal do bom e velho senso de humor, o entendimento humano torna-se muitíssimo limitado. Mas o que tem que ver rir com diálogo, aprendizado e conhecimento? Tudo cara pálida. Tudo. Tudo porque quem gosta de tristeza é o diabo. Explico-me: em regra, quando perdemos, ou distorcemos, o nosso senso de humor, acabamos por perder, sem querer querendo, o senso das proporções. Desse modo, acabamos exacerbando, indevidamente, a valorização de determinadas questões e minimizando noutras tantas. Os pequeninos, de certo modo, são assim. Grande parte do entendimento deles é fora de proporção. Quem tem filhos pequeninos, ou convive com crianças em tenra idade, sabe muito bem do que estou falando. Para eles, esperar por um quitute é um sufoco sem tamanho