Postagens

Mostrando postagens com o rótulo escrevinhadas

NOTAS DUM DIÁRIO SEM CAPA E SEM DATA – página 19

Imagem
Ria, pois, como diz canção, rir é bom. Bom demais. Mas não ria à toa, do nada e por qualquer coisa. Isso é leviandade. Leviandade da brava. Ria de tudo aquilo que foi feito para rirmos. De tudo aquilo que é ridículo, ria também, desde que seja risível. Deixemos nossas lágrimas para derramá-las nos momentos em que o riso deve ser silenciado. Aliás, se possível for, ria sempre, porque quem gosta de tristeza é o pé sujo. Por isso, ria, sorria, não economize nas gargalhadas e, se possível, contagie os outros, levando-os a rir também. Porém, não deixe de lutar o bom combate e, principalmente, não faça da galhofa fácil um estilo de vida, uma desculpa tonta para não encarar a vida com a devida seriedade. Não faça isso! Repito: não o faça! Levar a vida nas coxas é ridículo e não tem a menor graça. Não mesmo. Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela

NOTAS DUM DIÁRIO SEM CAPA E SEM DATA – página 18

Imagem
Sentir vergonha, não em público, mas no silêncio da alma, é muito bom e um excelente remédio, diga-se de passagem. Isso é sinal de que somos gente, de que damos ouvidos para os sussurros proferidos pela voz da Verdade que habita em cada um de nós. Agora, sentir a tal da vergonha e, na mudez de nossa maculada consciência, querer disfarça-la, justifica-la ou negá-la, não é bonito não. Aliás, é perigoso. Fazer ouvidos moucos para os apelos feitos pelo fundo insubornável de nosso ser, seria, no mínimo, uma molecagem moral sem par. E tem outra! Se tal impostura for cultivada por muito tempo, goste-se ou não, esse mau hábito acaba convertendo-nos num canalha inconfesso. Aliás, em sua maioria, todo canalha que se prese é inconfesso. Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela

NOTAS DUM DIÁRIO SEM CAPA E SEM DATA – página 17

Imagem
[1] Precipitação e negligência. Duas palavras, duas atitudes que muito explicam as raízes de nossas dores e fracassos. [2] Recebi, não faz muito, um doce elogio. Tão doce que irei guarda-lo até o fim dos meus dias junto do meu bauzinho de lembranças de minha miserável alma. Uma amiga, rindo e sorrindo, disse para mim que para yo poder me tornar um político deveria aprender a mentir. Putz! Lascou-se tudo. Não que eu não minta. Até tento, mas não sou muito bom nisto, graças a Deus. Sendo assim, continuarei, faceiro da vida, a ser o que sou: um reles professor, sorridente e risonho, sem dominar essa arte vil que tanto emporcalha a vida dos viventes desse nosso triste país. [3] Como nos ensina o rabugento Dr. House, todos mentem. Todos, inclusive eu e ele. O problema, a grande encrenca nesse babado todo, é que existem muitos que fazem do mentir um modo de ser; e isso, meu nobre, acaba ferrando com a vida de todos. [4] A essência da arte política não está no ardil da men

SOBRE O IMBECIL COLETIVO

Imagem
    Tudo que está debaixo do sol é vaidade. Vanitas vanitatum et omnia vanitas. Logo, meu caro Watson, tudo pode e deve passar pelo crivo das pedradas e petardos da crítica. Sem dó. Sim, tudo pode ser enxovalhado pelas sandices furibundas ideológicas e ideologizantes daqueles que se ufanam de serem, como dizem, pessoinhas críticas. Sim, não se aproveita muito disso, mas, independentemente de qualquer coisa, é um direito que lhes assiste. Então que usem a abusem dele como bem entenderem. Porém, também toda e qualquer coisa pode e deve passar pelo vagar duma abnegada e sincera apreciação movida pelo sincero desejo de compreender de modo realista a obra de alguém ou o estado em que se encontra um determinado setor ou estrado da sociedade. Para tanto é indispensável um bom tanto de bom senso, maturidade. Neste caso, isto deve ser feito sem o menor medo de conhecer a verdade, porque ela, a verdade em seu esplendor, geralmente é similar a uma pedrada, fazendo os tontos

O CANCRO DA VELHACARIA

Imagem
A identidade de um indivíduo, segundo Michel Foucault, é sua trajetória. Conhecemos quem e o que um indivíduo é pela trajetória percorrida por ele em seu peregrinar por esse mundão bagunçado. Essa observação lacônica, feita pelo maluco filosofante francês, é deveras pertinente para o assunto que intentamos tratar nessas turvas linhas. Com ou sem crise, a vida muitas vezes é um osso e, para um comerciante - especialmente para um prestador de serviços - a vida às vezes lhes brinda com cada ossada que é brincadeira. Uma brincadeira sem a menor graça, diga-se de passagem. Digo isso porque sou um franco admirador daqueles que fiam seus dias nessa arte. A arte de vender. Viver do comércio não é para os fracos. É uma aposta em sua ousadia – em abrir um negócio nesse triste país – e outra na honestidade e seriedade de seus possíveis clientes. Sejamos mais claros: o caboclo utiliza suas economias para adquirir determinados produtos, contrata funcionários, paga imposto

NOTAS DUM DIÁRIO SEM CAPA E SEM DATA – página 16

Imagem
[1] Apenas somos merecedores da nossa liberdade quando sabemos o quanto a nossa vida vale. E se não o sabemos, basta que voltemos nossos olhos para o alto do madeiro da Santa Cruz para descobrirmos o quanto nossa liberdade custou para podermos usufruir, bem ou mal, dela. [2] Comunismo democrático é um quadrado redondo regido pelos decretos alucinados da Rainha de Copas. [3] A intenção é válida quando a ação é suficientemente consistente e minimamente coerente com o propósito anunciado. [4] Esse negócio de educação crítica, consciência crítica e qualquer trambolho que venha acompanhado da dita cuja palavra "crítica" é, definitivamente, um convite despudorado para mergulharmos na soberba. E digo isso não por ranhetice, mas por uma questão muito simples: um indivíduo que não é capaz de ordenar de modo razoável seus conflitos interiores e equacionar os seus problemas, querer, petulantemente, decretar com os seus coleguinhas, numa roda [crítica] de conversa

NOTAS DUM DIÁRIO SEM CAPA E SEM DATA – página 15

Imagem
[1] Na vida, as dificuldades não são elementos acessórios. Elas são a própria vida. Negá-las é rejeitar os elementos que são propriamente os alicerces da formação da personalidade humana, do caráter dum indivíduo. Fugir dos enfrentamentos, das batalhas do dia a dia, seria simplesmente a recusa infantil ao cumprimento do dever de sermos alguém que abraça suas labutas de cada dia. [2] Se o caboclo vem pro teu lado com aquele papo furado de “direita radical", ou com aquela conversa fiada de "extrema direita", pode ter certeza de que o infeliz tem muita, muita merda na cabeça. Tanta merda que chega a vazar pela boca e escorrer pelas orelhas. [3] Cidadania, em si, não funda-se na reivindicação da ampliação dos nossos amados e idolatrados direitos. Sim, isso faz parte do babado, mas está longe de ser a sua essência. Antes de qualquer coisa, cidadania é serviço, dedicação ao bem comum. Cidadania é procurar auxiliar os nossos concidadãos que padecem dalguma

PEPE VS. JAIR

Imagem
Lembra-se do presidente do Uruguai, do velho Mujica? Como esquecer daquele figurão com o seu fuscão velho indo votar. Como não lembrar a simplicidade da cozinha onde, estoicamente, ele cevava o seu mate para tomá-lo com sua surrada garrafa térmica. Enfim, mesmo que discordemos de suas ideias políticas, o velhinho era cativante e, seu jeitão, realmente, era e é uma grande lição de desprendimento republicano. Resumindo: uma figura digna de respeito. Podemos dizer o mesmo, aqui no Brasil, do presidente Jair Bolsonaro, o homem do bucho costurado, que também está dando inúmeras mostras desse tipo de desprendimento o que, por sua deixa, nessas terras espoliadas por infindáveis sinecuras patrimonialistas, é algo muitíssimo bom. É um novo e desejável tom que está sendo dado a sinfonia do poder. Sim, é bom, mas é claro que a militância canhota e muitos de seus simpatizantes, dum modo geral, não são capazes de ver isso, pela simples razão de que, na cabeça dessa gente, a es

NOTAS DUM DIÁRIO SEM CAPA E SEM DATA – página 14

Imagem
[1] A profunda [e violenta] doideira [de pedra] de muitos militantes rubros é fruto dum conhecimento rasteiro do tal materialismo histórico em misto com uma presunçosa ignorância, funcionalmente histérica, sobre tudo o que não se enquadra no seu minúsculo quadradinho ideologicamente deformado e deformante. [2] Se imaginamos que somos perfeitos, perfeitinhos, que somos um doce de pessoa que apenas está, alegre e candidamente, peregrinando por esse vale de lágrimas como se fosse um mar de rosas, nós estamos literalmente lascados porque, ao supormos isso, acabamos por colocar as nossas imperfeições no alto dum pedestal para cultuá-las como se fossem o sétimo céu. Bem, desse modo, sem querer querendo, acabamos nos condenando aos grilhões do mais profundo dos círculos infernais. [3] Um pequeno grupo de militantes organizados, fantasiados de professores e alunos, é mais do que suficiente para acabar com uma instituição de ensino. [4] Pensar é fácil. Qualquer jumento é capaz

VIVA CRISTO REI!

Imagem
Todo dia vinte e cinco de novembro celebra-se a solenidade de Cristo Rei do Universo. Celebra-se? Bem, deixemos essa espinhosa questão em banho Maria. Levantemos outra, mais simples, que esteja à altura de nossas limitações. Ela, a referida solenidade, foi instituída pelo Papa Pio XI, logo no início do seu Pontificado, através da Carta Encíclica QUAS PRIMAS. Mas por que o Sumo Pontífice em questão fez isso? O que ele queria nos lembrar com essa solenidade? O que ele queria nos ensinar por meio dessa Encíclica? Bem, essas perguntinhas são mais fáceis de serem respondidas. Então, como dizem os gaudérios: “vamo que vamo e dele que dele”. O finado Papa está nos advertindo para aquilo que o mesmo qualificou como sendo um dos grandes males que assola a modernidade que, no caso, seria o laicismo com suas inúmeras consequências. Detalhe importante: não confundamos laicismo com Estado laico. Essas são coisas nominalmente parecidas, porém, mui distintas na substância. Estado

NOTAS DUM DIÁRIO SEM CAPA E SEM DATA – Página 013

Imagem
Por Dartagnan da Silva Zanela [1] Quanto não mais somos capazes de rir, de achar graça numa piada, é sinal de que, bem provavelmente, nossa inteligência está ficando debilitada por estarmos vivendo uma vida distante da Graça. [2] Quando fazemos pouco do fato de que carregamos, em nossa alma, a mancha do pecado original, é sinal de que estamos tolamente abdicando de nossa capacidade de discernimento e ignorando o peso da realidade. Ou seja: por soberba e vaidade negamos nossas culpas para não termos responsabilidade alguma pelas decisões insensatas que tomarmos em cada um dos dias de nossa vida. [3] A ex-presidente Dilma está participando [daquele jeitão] do Fórum Mundial do Pensamento Crítico que estava sendo realizado em Buenos Aires, agorinha, entre os dias 19 e 23 de novembro de 2018. Ao que parece, o pensamento crítico nacional estava sendo mui bem representado pela verve prolixa da mulher sapiens. Com certeza foi.

ABSOLUTISMO RELATIVISTA E OUTROS TROÇOS

Imagem
Por Dartagnan da Silva Zanela O finado Papa São João Paulo II, em suas Encíclicas “Fides et Ratio” e “Veritatis Splendor”, e bem como o Papa Emérito Bento XVI, em suas Encíclicas “Deus Caritas Est” e “Spe Salvi”, nos advertem com suas palavras para aquilo que Roberto de Mattei qualificava de ditadura do relativismo. Mas, que trem é esse? Ou seria essa tal de ditadura do relativismo? Quais seriam suas possíveis implicações? Quais seriam suas mais nefastas consequências? Quais? Por partes, vejamos de que tamanho é esse rolo. Tornou-se um lugar comum na cultura contemporânea e, também, uma das torpes pedras angulares da educação modernosa de nosso triste país, a crença de que a verdade não existe; que, em seu lugar, haveriam penas pontos de vistas divergentes, onde cada um teria, e manifestaria, a sua verdade e, com base nisso, passou-se a bradar aos quatro ventos que tal postura, cognitiva e moral, seria uma forma de emancipação onde todos poderia então tornar-se livr

NOTAS DUM DIÁRIO SEM CAPA E SEM DATA – Página 012

Imagem
Por Dartagnan da Silva Zanela [1] Paremos, já, com essa palhaçada sinistra de querer mudar o mundo. Procuremos dar um tempo para esse papo furado de revolucionário todinho com energético e vodka e tentemos, ao menos de vez em quando, sermos bons com alguém que esteja carecendo de um pouco de atenção. Da nossa atenção. Isso, obviamente, não irá mudar o mundo. Ele continuará a ser a mesmíssima choldra ignóbil de sempre. Mas, com toda certeza, nós não mais seremos os mesmos. Não mesmo. [2] Diante do furdunço armado pela esquerda em torno dos últimos acontecimentos envolvendo o programa MAIS MÉDICOS - onde eles defenderam ferozmente a ditadura cubana e faziam vistas grossas ao trabalho análogo a escravidão que os médicos cubanos estavam submetidos - podemos atestar uma, entre outras coisas: que o cinismo marxista não tem limites. Trocando em miúdos: se a Ditadura Caribenha tratava os trabalhadores (médicos) como propriedade do Estado, isso, para eles, pessoas do bem que lutam